sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Help

'Tá bom, gente, eu confesso.

Sabe por que eu voltei pra São Carlos? Não foi (só) por causa das coisas da comissão de formatura, do mestrado, ou por causa da Alice. Alías, eu desvirtuei o blog inteiro.
Sabe por que eu comecei a escrever? Pensa comigo: antes, experências nada boas no passado. Irritabilidade. Agorafobia (tá, não cheguei a esse ponto, mas foi muito perto). Hoje: sono completamente desregulado (tá, as férias "ajudaram" um pouco, mas mesmo no período letivo, ele é). Inabilidade de manter a concentração. Desmotivação. Persistência das experiências nada boas.
Pois é.

Eu tentei muito inutilmente mascará-la, me enfurnando em tudo quanto é coisa: a própria comissão de formatura, a própria IC, o grupo de trabalho do qual fiz parte e fui "forçado" a sair dele, estudar francês, and so on. O estopim foi saber que, mesmo eu tendo "esculpido CV" sem querer com essa "perda" de tempo, para nada de bom serviu. Bom, na verdade, pelo menos para uma coisa boa: fazer eu reconhecer que eu preciso de ajuda.

Mas nem para procurar ajuda eu crio coragem. Eu já até falei beeem no começo do blog que sempre tive um pouco de preconceito sobre isso. É muito submissa a posição da pessoa doente. Afinal, é algo "controlável" nosso pensamento, não é?

Mas nem para procurar ajuda eu crio coragem.

Acho que foi auto-flagelação ficar aqui escrevendo esse tempo todo. Vou parar com isso.

Farewell.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Caridade na vida a dois?

Engraçado isso: o Eduardo*, amigo meu de infância, agora está solteiro. Diz ele que from now on, I'm datin' myself. A justificativa? Ele estava fazendo muito pelo relacionamento dos dois, e, sob a clássica "Bonzinho só se f*de", terminou.
Tá, eu entendi bem a situação dele, acho que estava bem decidido na atitude a tomar, e realmente concordei com ele: a agora "falicida" achava que se garantia com ele, e, por conta disso, não fazia o mínimo de esforço para manter o relacionamento. Já tá firme mesmo, pra quê? Não preciso de ficar de mimimi.
Concordei com a atitude, mas não a justificativa. Ah, ela não faz nada por mim, então não faz sentido a gente ficar junto. Vai acabar dando na mesma, mas vejam se entendem minha justificativa:
Conforme a analogia que eu fiz há um tempo com a dança, o objetivo dessa condução, dessa imponência não é impressionar, como muitos homens fazem unfortunately. Prefiro pensar que é melhor querer fazer seu par feliz e, com isso, ser feliz a dois.
Um quê de caridade, talvez.
Mas a pessoa que recebe essa caridade precisa querer receber a caridade. Como assim? Perceba pelas campanhas filantrópicas, sobretudo no final do ano, a tal coisa do espírito natalino: normalmente, os necessitados acabam por abusar dessa beneficência, e se abastecem por meses, e torram seus salários ínfimos com inutilidades. E isso decepciona a quem ajuda. Essas pessoas não querem a caridade. E nos faz pensar: por que é que eu quero fazer essa pessoa feliz, mesmo que só nesse instante em que ela recebe minha caridade?
Uma vez, numa distribuição de sopa beneficente, presenciei essa cena:
- Tia, põe sopa aqui pra mim. P'ra minha mãe. - um menino raquítico estava com uma vasilha na mão.
- Ponho... Cadê sua mãe? - a minha mãe disse.
- Tá im casa, dormin'o. Ela foi nu forró ônti, e chegô tarde im casa. Aí ela falou pr'eu almuçá aqui, puquê ela tá cansada e num vai fazê cumida hoje não. I ela pidiu pra levá sopa pra ela tamén.

Ah, a sinceridade das crianças! Entende o que eu quero dizer com "não querer receber a caridade"?

Analogamente, é possível perceber quando alguém não quer a nossa caridade quando na vida à deux: não adianta eu querer fazer caridade, ou seja, querer fazer alguém feliz, querer fazer o bem para alguém, se essa pessoa não quer que eu a faça feliz, que eu faça o bem a ela.
Que diferença existe entre isso e o raciocínio do Eduardo? É que, do jeito que ele pensou, dá a impressão (pelo menos para mim) que ele a namorava esperando alguma recompensa. A gente espera receber alguma coisa com a caridade? Não acho que seja por aí.
Partindo daquela ideia, a (agora ex-)namorada dele não quis receber a caridade do Eduardo. E isso o fez pensar: por que é que eu quero fazer essa pessoa feliz, mesmo que só nesse instante em que ela recebe minha caridade? Nisso sim, eu concordo. E acho que a atitude dele foi certa.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Viagem de avião

Eu sei que não tem nada a ver com o blog, mas eu estou pra escrever isso faz tanto tempo!
Até hoje, eu só viajei de avião uma vez. Foi da minha cidade pra "belzonte", e ainda assim nem foi um voo tão agradável.
Pelo menos não aos ouvidos. Aos olhos, no entanto... e me veio "o clique", fatídico clique.


Passadas as instruções para qualquer incidente,
o ruído a partida anuncia.
Olho os pontinhos luminosos,
Perdidos, na pista à frente
Tão com a noite contrastantes!
Estrelas?

Gagarin disse que "a Terra é azul"
Não.
A Terra é tão negra e estrelada quanto o espaço
Ah, a vista do espaço!
É um planetoide a casa de barro
É um cometa na rua o carro
É uma constelação esse bairro
A galáxia do Zebu.

E fora desta galáxia, o que há?
Há uns corpos celestes, solitários
Naquela que parece ser a rodovia.
Não é prazeroso, não é excitante?
Existe fora do nosso planeta vida!

Encanta o fulgor doutra nova galáxia
O brilho dos olhos de dona Beja ofusca.
Eterna será a beleza daquela
Pelo grande amor abandonada,
Hoje, para sempre relembrada.

Uma ou outra galáxia aparece na trajetória.
Essas cidades são mapeadas?
Essas estrelas, conhecidas?

Uma enorme supernova engole toda a aeronave!
Que é isso? É a gravidade?
O destino de toda estrela é a supernova
Não, é o meu destino. Chegamos.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Colheita

Eu queria saber por que é que somos obrigados a fazer esse tipo de joguinho ridículo e idiota coisa.
Estávamos eu e a Gabi* conversando via MSN para resolvermos algumas pendências da comissão de formatura.

Gringo: Mudando de assunto, eu tava conversando com a Alice agora há pouco, e eu percebi que ela 'tá meio... estranha. Sei lá, um pouco triste, talvez.
Gabi: Ela 'tá mesmo, mas não sei o que foi, ela não me falou nada! Acho que "Sanca" deve estar muito chato! [risos~]
Gringo: [risos~] Quero nem imaginar que eu vou passar fevereiro inteiro lá. Loucura minha, mesmo.


Loucura minha mesmo querer finalmente settle things up.

(...)
Gabi: O Gringo acabou de me falar que acha que você 'tá meio triste [risos~] [*]


Hã? Mensagem errada? Ou [*] jogando verde? Ah, marcações minhas, ok?


Gabi: Ôpa, mandei a mensagem errada! Eu 'tô tentando descobrir o que a Alice tem [risos~]
Gringo: "Atóron" aparecer offline, né?

De fato, eu já havia me despedido dela, Alice estava offline, mas como é que elas estavam conversando?

Gabi: Ela disse que é porque a cidade não tem nada, que ela 'tá cansada da monotonia, que ela 'tá meio carente [*], e tal... Eu imaginava que fosse isso. Mas acho que vai passar; é só uma fase. Vocês vão na formatura em janeiro?
Gringo: Então... 'tá tudo conspirando contra: é em Araraquara, até agora nada de transporte. O Luís* [membro da comissão de formatura da Alice] falou que quer ir, mas ele tem carro, né? Mas mesmo assim, achei arriscado voltar de carro, depois da formatura, de Araraquara para São Carlos, com alguém que com certeza vai beber. (...) Mas voltando... não entendo a Alice, não: reclama que "não tem nada pra fazer, que 'tá carente, e tal"; mas ao mesmo tempo não quer ir na formatura? [risos~]. 'Tô só querendo ser ironicamente engraçado, viu?
Gabi: Sei lá.... ela 'tá meio bad. Quando eu 'tô bad, eu não tenho vontade de fazer nada.
Gringo: Eu também, eu entendo... (...) Mas eu 'tava querendo ir na formatura, sabe? Mas sozinho também non, né? [*]

Minha vez! [*] pra você também!


Gabi: Sei como é. Mas ninguém mais se habilitou a ir?
Gringo: O Luís, até agora. Se não me engano, acho que a Mariana* também falou.
Gabi: Hum... então... quem sabe vc em uma outra companhia... [*]
Gringo: Ah, mas sei lá... [Praticamente desviando de balas, como o Neo em Matrix!]
Gabi: É, essa formatura 'tá meio nebulosa.
(...)
Gringo: "Gabi (22:47): O Gringo acabou de me falar que acha que você 'tá meio triste [risos~]". E essa risadinha sua? [*]
Gabi: Nada não... é porque eu também já tinha perguntado porque ela 'tava triste e ela não me respondeu.
Gringo: Só porque foi um "transmimento de pensassão" meu e seu... entendi. [ironia? Bobeira...]
Gabi: Mais ou menos isso. Eu 'tô tendando conversar com ela da maneira mais "feliz" possível, levando as coisas na brincadeira e fazendo piada pra ver se ela anima. Mas tá meio difícil!
Gringo: Pode deixar que eu animo a ela! Estranho, né?
Gabi: Muito! Faz uns dez minutos que ela não fala mais nada... [smiley triste] (...) Faz dias que ela 'tá assim!
Gringo: Sei lá... fiquei preocupado, só. [*]
Gabi: Também 'tô um pouco. Mas fazer o quê, se ela não 'tá se abrindo? A hora que ela quiser, ela fala; acaba ficando uma situação chata.
Gringo: É... às vezes é só o tédio de São Carlos, vazia nessa época.
Gabi: Tomara que seja só isso mesmo, né? [smiley sorrindo]
Gringo: I hope so.

Tem razão mesmo pra ficar nessa jogação de "verde"? Prefiro colher os maduros logo...

Metalinguagem

Ah, não adianta, não sai. Tô tentando faz dias escrever outro Diálogo, mas não.. vai, simplesmente.
Tudo bem, o primeiro foi um caso totalmente à parte: eu, de madrugada, sem sono, e eis que me vêm a ideia de começar a escrever alguma coisa sem ser lamúrias ou fails aqui, além de eu me lembrar do meu melhor sonífero muito menos agressivo que Lexotan: livros. E saiu assim, sem querer. Gostei do resultado. Gostaram do resultado?
Não, eu não posso ser escritor, gente. Porque eu não consigo escrever "de subsistência", eu preciso daquele "clique". Do quê a mais. Ainda assim, eu não consigo mais do que uns textos desconexos e esporádicos. Descobrir isso me fez admirar ainda mais os autores de quem li - fiquei imaginando como é que eles conseguem!
Pensando bem, dos autores que eu li, poucos são aqueles que não fazem uma pesquisa antes de escreverem. Pensem nos exemplos: Dan Brown, Stephenie Meyer, Rhonda Byrne minha vontade era de jogar aquele livro na parede, God's sake!, mesmo os nem tão recentes J. R. R. Tolkien, Marion Zimmer Bradley...
Daí eu acho relativamente fácil a tarefa. Não, não estou menosprezando a tarefa, pelo contrário. Só não vejo... riqueza - por assim dizer - em escrever com base em pesquisa. Acho louvável, mas é como ser um atleta de final de semana: há um treino, há uma prática; mas falta o dom.
E é esse dom que eu acho que me falta. Tá, não me acho totalmente inútil nesse aspecto, mas sou amateur, é isso.
Reconhecido isso, falta-me fazer uma... "pesquisa", y'know? Não, não... o que eu quis dizer é que eu sei o que falta para que eu escreva um livro: um tema.
Se eu for seguir o que eu faço aqui, é simples concluir qual é o meu "tema": eu tanto teorizei sobre respeito, sobre excesso de liberdade, sobre cumplicidade, sobre segurança... preciso vivê-los na prática.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Sim senhora

Dizem ser sempre do homem a última palavra na relação. Essas do título.
Hoje quase saiu briga aqui em casa. Tudo por conta de Gabriel, actually.
Foi assim: meu pai dirige uma empresa de comunicação visual, e o principal shopping daqui da cidade por vezes solicita serviços para "nós", conforme meu pai tanto pluralizando eufemiza e ao mesmo tempo se orgulha. Campanhas, promoções, essas coisas. Dessa vez é a campanha de férias do shopping.
Problema: certamente ninguém nunca viu alguém colando adesivo, colocando banners, placas, etc. em um shopping, right? É porque eles sempre pedem para que qualquer prestação de serviço seja, por conveniência, feito fora do horário do expediente deles, ou seja, até 09h30 ou após 22h30.
Além disso, por vezes, por ser um trabalho que leva muito tempo, mas que é simples, meus irmãos e eu ajudamos a aplicar os adesivos. Evita um pouco o pagamento de hora extra. Trabalho escravo?
Enfim, Gabriel, que estava na cidade onde ele estuda até agora há pouco, não iria ter tempo para a  Juliana*. Já vi quando ele ficou de cara amarrada quando Diogo*, gêmeo dele que trabalha com meu pai, falou que precisaríamos ir ao shopping colar adesivos.
Eu não ligo de ir lá, até porque eu estou precisando ocupar minha cabeça. A questão é que eu preciso de um meio de transporte, se eu for. However, eu também acho desperdício se eu for no carro do meu pai, sozinho, sendo que os dois também vão lá.
- Diogo, como que eu vou? O Gabriel me busca aqui, eu vou com você...? Como?
- O Gabriel te pega.

O celular toca.
- Pai, posso ir pra lá depois da meia-noite?
- Mas até lá já vai ter acabado o serviço, Gabriel. 'Tá bom,pode ficar aí, precisa ir não. Pode ficar aí namorando. - eu já sei que quando meu pai fala com ironia, é porque ele está contrariado e BEM nervoso.
- E agora? - perguntei.
- Precisa ir não - respondeu Diogo, rispidamente.
- Tem certeza, Diogo? Nossa, que confusão, hein, mãe? - eu acho que, só de olhar, minha mãe entendeu o que eu estava pensando. - Eu vou com você, Diogo. Só me avisa quando estiver saindo.

Claro, eu sei que Gabriel passou a semana inteira lá na cidade onde ele estuda (atrasou por conta das "férias suínas", conforme eu caçoei outro dia), e quer to rest his bones with her, mas um diazinho a menos não mata ninguém, ce n'est pas vrai?
De fato, eu acabei de chegar de lá, 02h30. Nós voltamos quando a gente não pôde fazer mais nada. Ele está aqui na minha frente, no PC daqui de casa, jogando. Mal ele sabe que eu estou aqui falando mal dele escrevendo!

Já não foi dessa vez que saiu gente de cara amarrada aqui em casa por conta disso. Gabriel passou o natal com a família dela, muito a contragosto. Outra cidade (Brasília), gente que ele não conhecia... já viu, né? Daí, como dia 1º de janeiro é aniversário do meu pai, inevitavelmente, réveillon é aqui em casa. Claro que Gabriel não deixaria de virar 2010 aqui, dado que ele não passou o natal aqui.
Mas como tudo tem um "mas", Juliana é coiffeuse, sabe? Imagine: salão lotado, trabalhando feito louca, porque todas querem se emperiquitar pras festas do fim de ano... ela estava muito cansada, e não queria saber de festa. Claro, queria rest her bones with him.
Pergunta quem veio de cara amarrada aqui pra casa? Voilà.

Bem possivelmente eu ainda vou pagar pelo que eu estou falando aqui, mas custaria tanto assim a eles respeito tanto mútuo quanto próprio? Olha como seria muito melhor: meu irmão passava o natal aqui, ela descansava no réveillon. Não teria briga pro meu irmão ir ao shopping agora há pouco, para trabalhar. Nossa, vou parar aqui senão a lista ficaria infinita.
Namorados siameses? Eu dispenso.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Diálogos de cobertor #1

- Sabe, love, eu preciso te contar uma coisa.
- Conta.
- Não sei se você vai achar bom ou ruim saber disso.
- Tá me deixando curiosa.
- Você acabou de tirar uma coisa de mim.
- Como assim?
- ... acho que você sabe.
- Não entendi.
- Isso mesmo.
- Quer dizer que sou sua primeira...
- Arrã.
- Err... não sei o que dizer.
- Eu entendo. Ninguém pensaria que alguém com a minha idade até hoje nunca... acho que seria muita responsabilidade para você se eu te dissesse que isso marcou muito a minha vida.
- Fico feliz por saber que você marcou a minha vida.
- Agora você me pegou de supresa.
- Love, eu nunca me senti assim: tão leve, tão feliz, tão... amada.
- Eu também. Dos momentos mais felizes da minha vida, você esteve em dois deles. Um deles...
- Um deles...?
- É este, agora. Eu nunca me abri tanto para uma pessoa quanto agora. Nunca tive tanta intimidade ou cumplicidade com uma pessoa quanto eu tenho com você. Eu te amo.
- Também te amo.


- Ei, agora eu fiquei curiosa de novo. Você disse dois momentos.
- Hunf, e eu achando que você não ia prestar atenção nisso! Bom, o outro momento...
- O outro...?
- Tô tão sem-graça de te contar isso!
- Ah, love! Agora termina!
- Você me tirou outra coisa também... naquela noite, aquele dia em que a gente ficou pela primeira vez...
- Não me diga que...
- É.

- Sabe o que passou na minha cabeça aquela hora?
- Hã.
- "Por que a gente demorou tanto pra se encontrar?". Fazia tanto tempo que eu já pensava em você, antes mesmo daquela noite... agora eu estou aqui, com você, só nós... tem noção de como eu estou feliz?
- Tenho, love. Porque eu estou tão feliz quanto.


- Love...
- Hã.
- Você estava linda dormindo, mas... desculpa, não tô sentindo meu braço! Posso trocar de lugar?
- Ai ai ai... só você mesmo, viu!

Estreia

Ah, gente, eu preciso me ocupar, é isso. Tô começando a ficar entediado de não fazer nada aqui.
Normalmente, eu puxava meu Vinicius de Moraes da prateleira, ou sei lá, outro livro que estivesse lendo, e lia até pegar no sono. Nessa história toda, eu devorei "O caçador de pipas" da minha mãe em menos de dois dias.
Como eu esgotei minhas possibilidades literárias...
Aliás, falando nisso, eu aceito como presente de aniversário (17/fev, quarta de cinzas, pro meu azar) uns livros, viu?

Enfim, como eu ia dizendo, eu vou ampliar minhas possibilidades literárias escrevendo. É, depois de ter ouvido de algumas pessoas, eu vou começar a escrever histórias.
"Diálogos de cobertor", como o nome sugere, vai ser um conjunto de conversas que muito poderia ser entre mim e outra pessoa, mas são todos hipotéticos. Então, se ver a tag "cobertor", pode saber que é não é necessariamente verídico, ok?

Boa leitura!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Retórica

Só pra constar que eu estou começando a ficar entediado de ficar aqui na minha cidade, fazendo nada.
Só pra constar que todos os meus primos que vieram aqui em casa no réveillon estavam acompanhados.  Aliás, todos os meus familiares, exceto eu, c'est claire, e meus primos com menos de 10 anos. Resultado: tive que conter a piromania da molecada e o vício naquele maldito Guitar Hero, que eu ODEIO com todas as forças do Universo. Nem os pais dos moleques se incomodaram em olhar por eles.

Ontem, fomos a um barzinho. Adivinhe quem foi? Meus primos, com suas respectivas, e eu, seul.
Acabei de chegar do cinema. Guess who? Pois é.
Acabei de recusar uma viagem a Olímpia, naquele clube termal, com meus primos. Why? Isso mesmo.

Tá, eu sei que não é bem por aí, mas eu estou começando a me sentir deslocado socialmente (pra variar um pouco). I can't help. É horrível.
Já não bastou todo o bullying? Não. Antes fosse só ele, como foi no passado.

Não estou querendo dizer, no entanto, que não sou uma pessoa feliz. Tive lá meus desapontamentos, tanto no campo profissional, quanto no pessoal. C'est la vie. Eu convivo com eles, eu aprendi com eles.

Um brinde à minha felicidade. Solitária.

Estou sem jeito para falar para os meus pais que eu pretendo voltar logo para São Carlos porque eu quero começar a fazer terapia lá, e não aqui. Motivo simples: eu passo mais tempo por lá.