sábado, 16 de outubro de 2010

Duas rapidinhas: ironias

E como esse mundo não cansa de dar voltas, eis que novamente eu preciso fazer um favor pro Carlos. Ou melhor, pro irmão dele. Ou melhor ainda, pra um amigo do irmão dele.
Amadeu* é colega de turma do irmão do Carlos, e ele veio pra cá por causa de um congresso. Para que ele não precisasse gastar uma fortuna em catering, o irmão do Carlos ofereceu para que ele ficasse aqui em casa.

Incrível como que, em menos de uma semana, eu devo ter conversado mais com Amadeu do que com Carlos. Acho que ele deve ter até achado que eu falo demais, a ponto de encher o saco.

A outra ironia é que outra pessoa também ouviu mais de mim do que Carlos: Priscila.

Pois é.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Capicuas

Fui a Uberaba sexta passada, não só por causa do feriado do dia das crianças (o de verdade), mas porque minha prima escolheu uma data interessante para se casar.
Dez do dez do dez, às onze da manhã meio-dia e meia, porque o padre atrasou. Por muito pouco, a data vira um capicua.

Sim, vá pesquisar o que é isso.

Minha prima vai se lembrar muito bem do fato de o casamento dela ser em um quase-capicua, claro. A data foi escolhida a dedo pelos noivos, não só por causa da coincidência dos números, mas para facilitar a vida dos convidados que moram fora, como eu, meus irmãos e alguns dos meus primos. Perto de um feriado, e tal.

Dez dias depois, outra data quase-capicua: 20/10/2010. Bem interessante também essa combinação de números, não é? E eu, você, e boa parte das pessoas viventes hoje passaram por um capicua de verdade, há uns anos: vinte de fevereiro de dois mil e dois, às vinte horas e dois minutos. Leia os números de trás para frente...
Macabro!

Outra curiosidade é que ninguém viverá pra passar por dois capicuas (rache a cuca e confira esse fato!).

O que eu estava fazendo de especial nesse minuto cuja combinação numérica raríssima? Não lembro. Só lembro que meu pai me mostrou a combinação interessante desses números na manhã daquele dia.

É, bem isso: não me lembro. Não pensei em nada especial para fazer ou lembrar forever.

Tudo bem que minha prima se casou no dia 10/10/10, e é óbvio que foi um fato programado. Nada contra ela ter pensado nessa data especial marcando em uma combinação numérica interessante.

Mas eu não pude deixar de pensar em uma das minhas características fortes: ser um planejador. Até que ponto é válido se antecipar? Até que ponto é válido querer prevenir problemas antes que eles aconteçam?

Por exemplo, na Comissão, vários problemas que surgiram só agora eu os havia antecipado, mas riram da minha cara. Exemplos:

1) "Missa? Como assim, missa de formatura? Nunca vi isso, deve ser coisa de mineiro.". Daí, nossa formatura não vai ter nem ao menos um culto ecumênico por conta de os outros membros terem ignorado esse ponto. Detalhe: já vieram me perguntar sobre isso.
2) "Ah, pára de frescura, o povo vai gostar de não ter que escolher roupa para os dois dias da formatura!". E deu no que deu.

No final, nem ao menos uma lembrança de que fui eu que antecipei esses problemas, e que eu poderia ter apresentado uma solução simples. Não que eu o tenha feito em busca de atenção, mimimi. Cês entenderam.
E isso machuca. A ponto de eu pensar em querer me livrar dessa característica (defeito?), só pra eu deixar de ser o chato-que-fica-agourando-os-planos-dos-outros e me tornar, pois, um pouco mais "relaxado" e sociável.

Tá, é "legal" saber que a formatura, no final das contas, vai dar certo. Mas é uma alegriazinha tão... solitária. Todo mundo bêbado, ninguém vai reparar que tudo aquilo foi um trabalho de três anos e meio, para toda a turma. Não é que eu esteja esperando qualquer coisa do tipo "a decoração está linda" ou "a temperatura do vinho branco está ideal".

Só quero ser reconhecido pelo que eu sou, e não pelo que eu fiz.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sou só eu ou...

... eu realmente tenho escrito muito mal?

domingo, 3 de outubro de 2010

Meu eu noutro?

Li aqui sobre a opinião de um psicólogo acerca do que nos faz apaixonar pelos outros. Só ressaltando esse trecho bem interessante:
We don't fall in love with a person because of their qualities, per se. Rather, we fall in love with ourselves in their presence. In other words, we fall in love with the version of ourselves that we become when we are around them. That, I suggested to her, is what romantic love is all about (I'm setting aside any discussion of love of family, love of animals, etc). If, for example, I normally perceived myself as relatively unattractive or unintelligent, but I felt good-looking or smart in my lover's presence, I am likely to get hooked on her. I might go on about how beautiful, smart or enticing she is, and I might actually believe those things, but the truth is it's the new improved "me" I have fallen in love with. This may be a version of myself I hoped to be all my life and if she is the key to finding it, I want to be around her more and more.

Seria então o falling in love uma forma de auto-conhecimento?
Eu me fiz acreditar nos últimos dias que era possível sim, ser feliz sozinho. Mas eu sou obrigado a concordar com Tom Jobim agora.


Eu percebi que, enquanto eu escrevia, eu acabei me conhecendo melhor. Ao terminar de ler aquele texto, me deu uma vontade de saber que efeitos são esses!

Por onde eu começo?

Não que eu queira "manuais". Eles estão aos montes aí na internet, e todos eles são muito falíveis. Além do mais, é ridículo. Nada disso é tão "exatoide", prescrito, como uma receita.

Mas por onde eu começo?

O mundo dá voltas

Depois de todo o barraco que eu mostrei nos três últimos posts longuíssimos, até Priscila, que nem faz parte das turmas da formatura, começou a atacar a comissão.
"Obrigada, comissão de merda, pelo show de mediocridade (...)" no MSN foi só o começo.

A questão é que ela é mais uma que não sabe separar as coisas. Eu sou da comissão, lembra?

Enfim, depois de tudo isso, aqui em São Carlos tem desabado o mundo, como bem merece o título de Capital do Clima.
Assim como a casa dela.

Isso mesmo: a casa dela, por conta dessas chuvas todas, está quase desabando. É aquela coisa: tem gente que acha que construir casa é só empilhar tijolo e alternar com cimento.
Enfim, agora ela terá que sair às pressas da casa dela.

Guess who has she phoned? Pois é, moi ! Pra saber se ela poderia passar a dividir apartamento comigo e com o Carlos.

É, minha gente, esse mundo dá voltas mesmo.