quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O grito

Eu preciso parar com isso de ficar reclamando aqui. Não só pela inutilidade - ninguém lê mesmo... -, mas também pro meu próprio bem.
Mas eu posso fazer um último insight? Aliás, pra quem é que eu tô perguntando mesmo? Que anta...

Passar o meu aniversário num restaurante japonês com dois casais de amigos foi brochante. Tá, foi legal, matei a minha vontade de comer sushis e temakis e gyozas... saí de lá até sorrindo torto, saciado. Mas foi o vigésimo segundo niver lonely. A questão toda nem foi não estar com a chosen one, mas sim pensar na bevidade. É inevitável! É uma angústia tão grande que...

Porra, chega! Quantas vezes eu já falei disso aqui? Eu é que cansei de me ouvir.

Cansei de ser certinho. CAN-SEI. Vou tentar chegar na Lara ou na Alice, independentemente se elas estão namorando ou não. Vou viajar neste carnaval sem nem ao menos ter me programado, com amigos homens solteiros, pra gandaia. Não vou mais ficar no suquinho só porque eu vou dirigir.
Que se foda se o povo achar de eu ter despirocado! Eu quero mais é viver, e não ficar nessa prisãozinha de merda que é esse meu mimimi de sempre.

E quer saber de uma coisa? Vou deixar aqui uma promessa registrada, só pra eu me dar uma garantia de que eu não vou mais ficar de lengalenga mimimi: if I get laid before I am 25, I'll enter a zero-carb diet during the Lent after it occurs.

E tenho dito.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Vocação

Abandonei o blog, eu sei.
Não que eu esteja tão ocupado assim com o mestrado, ou com a comissão de formatura. Só não tinha nada de mais pra contar aqui. Voltei hoje só pra contar uma coisa.
Durante este congresso, eu conheci a Lara*, que é de outra universidade. Nascida até em outra região. Green-eyed blond, simplement arrasa-quarteirão, eleita na comunidade dos estudantes que foram a Uberlândia como a "musa do congresso".
Eu estava na sala onde ela apresentou seu trabalho - apresentação oral. Apesar de não ser na área de pesquisa, eu achei bastante interessante, e fiz uma pergunta, coisa que normalmente as pessoas que apresentam oralmente ODEIAM, por talvez expor um ponto fraco do trabalho, por deixar a pessoa mais nervosa ainda, sei lá. Não perguntei por mal, nem "pra testar", pelo contrário - eu realmente achei interessante.
Logo depois da apresentação eu percebi que Lara cochichava com um quê de raiva a uma amiga: "Teve um japa que me fez uma pergunta no painel!", e outra coisa que não entendi. Sem perceber que estava perto de mim, ela ficou super sem-graça quando me viu.
- Ô, Lara, desculpa! Eu perguntei porque eu achei interessante seu trabalho, não foi por mal.
Daí a gente puxou uma conversinha boba no coffee break. Dois dias depois, é a história que contei lá no outro post.

Até que por um belo de um acaso, Lara me manda um recado no meio de janeiro, falando que está cogitando vir pra São Carlos, para fazer mestrado, e me perguntou algumas informações gerais.
Eu imagino que ela só se lembrou de mim porque ela viu meu nome na classificação das bolsas, e juntou dois com dois... Jamais que ela ia se lembrar do japa que fez uma pergunta no congresso há mais de dois anos. Baixa auto-estima é complicado, cês sabem.
Excessivamente solícito que sou, respondi até além do que ela precisava. O pior tiro no pé que alguém pode fazer se estiver com second intentions, como eu estava. Arrependido da minha solicitude, já estava writing off tudo isso. Do mesmo jeito que veio, as second intentions se foram.

Há que se ter um ar de mistério, s'eu Gringo.

Por falar em tiro, o de misericórdia foi hoje, o que me motivou a escrever. Relacionamento: namorando. Desde ontem no Orkut. Não, eu não estava espionando a vida alheia, foi super por acaso, I swear it!


Minha formatura foi ontem, mas minha vocação de verdade não é na engenharia. E sim como Cupido.

Porque, né, é só eu pensar em second intentions e, alguns dias depois, ela começa a namorar!
Como que eu posso ser tão... unlucky a esse ponto?