sábado, 12 de setembro de 2009

O dia da caça

Ontem, eu fui a uma festa. Fiquei sabendo dela um pouco em cima da hora, e o atraso foi compensado no preço do convite.
Algumas horas antes, uma dor de cabeça e uma tontura arrebatadoras me atingiram.
- 'Tá tudo bem, Gringo? - perguntou meu colega de apartamento Carlos*, quando me viu saindo do banho, cambaleando perto da porta.
- Mais ou menos - e expliquei o motivo da minha instabilidade.
Ele me entregou, então, uma cartela de comprimidos de dipirona. Tomei logo dois e fui deitar, para ver se as pulsações atrás dos olhos passavam.
Já não estava in the mood para ir mesmo, agora eu tenho um motivo para não ir, pensei.
Passou.
Só fui porque paguei caro no ingresso. Estava indo com algumas pessoas com as quais não tenho aquela amizade, e éramos eu e Carlos de XY no grupo. Um mega-grupo de amigas não são lá a melhor companhia para uma balada...
Várias loiras lindas, morenas idem... ali, havia mais mulheres que homens, com certeza.
Time to hunt. Nenhuma delas foi tragada por meus olhos puxados e meu sorriso torto. A única hora em que eu me aproximei mais foi quando fui ao bar, e estava ao lado de uma loira arrasa-quarteirão. Eu nem estava com segundas intenções, se bem que seu vestido preto era bem convidativo... Mas tinha que existir, como sempre, o bêbado para fazer a cagada do dia e cair do meu lado, me empurrando e fazendo-me como peça de dominó em cima da loira.
- Ei, não precisa empurrar! - esbravejou, olhando para mim.
Eu franzi a testa e apontei com a cabeça para o bêbado caído, querendo dizer que não fora culpa minha. Ela respondeu empinando o nariz, resmungando qualquer coisa, pegando sua bebida e se misturando à pista de dança. Esnobe? Eu passo...
Hoje cedo (não exatamente cedo, mas pouco depois que ele acordou, ou seja, três da tarde), Carlos fez uma retórica:
- E aí, curtiu a festa ontem?
- Muito boa, né? - menti.
Não fosse o fato de ter tocado um pouco de música eletrônica e ter sido open bar de bebidas muito boas, eu estaria arrependido do dinheiro que eu gastei na festa.
Fechei a festa no zero a zero. Já se disse nesse blog sobre ser melhor lembrar do momento com uma pessoa do que ter várias "peguetes" e amnésia alcoólica. Se minha hora não chegou, c'est la vie.

Nenhum comentário: