Dois posts neste domingo por dois motivos: falta do que fazer hoje e excesso do que fazer amanhã.
Juntamente com a história de Clara, que contei bem resumidamente, aconteceu outra história, igualmente resumida nesse post. Na verdade, acho que as duas histórias se misturaram, mesmo que Clara nem ao menos saiba quem seja Fabiane*.
- Tem uma amiga minha que disse que quer te conhecer - disse meu irmão Gabriel, quando estávamos em casa, em um final de semana que voltei para minha cidade natal.
Fabiane também fez parte dos meus textos que joguei fora. Conforme eu lembro de ter escrito, eu tive três sensações ao mesmo tempo em reação ao meu irmão. A primeira foi uma incompreensão: como alguém pode querer conhecer alguém "quadrado" que nem eu? A segunda, uma vontade de falar para ele parar de fazer graça - não é porque eu estou encalhado solteiro que você pode jogar isso na minha cara. A terceira, claro, foi aquela acariciada no ego.
Nosso primeiro contato foi via Orkut e MSN. Fabiane sempre lançava aquelas indiretas mór, praticamente se jogando pro meu lado. Fato: isso assusta qualquer homem, por mais "moderninho" que ele seja. E logo pra mim, que não sou nem um pouco.
E eu tentanto ser bonzinho, só dava um sorriso amarelo :D em resposta via MSN. O que eu faria, se nós só conversávamos pela internet, e no momento minha cabeça estava pensando em Clara?
Sem querer, ela soube, por mim, do meu número do celular. Ela me mandou algumas SMS nesse meio-tempo, e sempre com o mesmo teor.
Eu não aguentava essa vida dupla. É até engraçado isso, um triângulo amoroso que nunca aconteceu de fato.
- Fá, chega! - finalmente falei.
Desembestei a falar que eu estava passando por um momento ruim (e realmente o estava, não só por causa de Clara, mas também por vários outros motivos), e que eu não era o melhor tipo de pessoa para me relacionar, por eu ser quadrado demais.
Não adiantou. Dei sumiço no Orkut, no MSN, e tudo mais. SMS eram comuns. Na última mensagem que recebi, eu lembro de ela ter escrito algo como "mesmo que esteja incomodando". Ou seja, ela queria um ultimato meu.
Ah, é? Então é guerra. E fiz a maior cagada da minha vida amorosa que nunca existiu: mostrei meus textos para ela, pois era uma maneira rápida de dizer tudo que eu passei.
- Era isso que eu queria saber - ela disse, talvez em prantos. Não sei; foi por MSN.
Algum tempo depois, eu soube, sem querer (Gabriel tinha que soltar a pérola perto de mim, enquanto conversava com um amigo e eu estava perto), que ela estava viajando na casa do namorado.
Pô, façamos as contas: quanto tempo demoraria para um relacionamento chegar ao ponto de "viajar para a casa do namorado"? E faz quanto tempo desde que eu mandei os textos para ela?
Ah, tá. Então ela só queria um ultimato meu porque o triângulo na verdade era um quadrilátero.
Parabéns pelo troco muito bem-dado, Fabiane. Desculpe se te fiz algum mal, se brinquei com seus sentimentos por acidente, não tive intenção. Seja feliz com o seu amado. Eis aqui um peito indiferente e feliz por você.
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