Alice* também é da comissão de formatura, não a do meu curso, mas a mesma da Lígia. Morena linda, thumbs up. A gente tem trocado umas palavrinhas a mais ultimamente, nada sério. Tivemos algumas reuniões, organizamos festas, essas coisas.
Numa dessas festas, eu fiquei responsável pelo material de divulgação e de fazer as fichas das bebidas. Para evitar desperdício das fichas, eu pensei em não cortar, mas picotar as folhas (igual o talão de cheque, sabe?). Assim, as fichas não-usadas ficam guardadas para outra oportunidade. Daí, eu lembrei uma técnica bem bizarra e engraçada de se fazer esse picote: com uma máquina de costura sem linha. Lancei a ideia no grupo de emails das comissões de formatura, perguntando se alguém conhecia alguma costureira. Alice disse que sua avó era.
Acabei não fazendo isso, mas usei essa informação.
Como eu mesmo disse que estou passando por uma mudança um tanto rápida de forma, eu perguntei a ela, mais tarde, se sua avó fazia ajustes em roupas. Ela me confirmou, mas seus dotes costurísticos eram mostrados só para a família (não nesses termos, obviamente; dê-me a licença poética!), mas que uma tia dela fazia essas coisas.
Bom, fui lá na casa dessa tia dela, (uma senhora muito boa no que faz, aliás), e deixei quatro calças e um blazer para serem ajustados.
No dia em que os busquei (ontem), eu a encontrei no ônibus, lotadíssimo, e ela em pé:
-- Nossa, tá difícil passar aqui, hein?
-- Pois é, Gringo!
Eu disse um tempo depois que estava indo na casa da tia dela, buscar as roupas:
-- Ela é muito rápida! Eu deixei as roupas lá anteontem e ela me falou que estavam prontas agora há pouco!
-- Ela é muito boa. Profissional, né? -- Alice concluiu.
Eu a olhei longamente antes de ela descer do ônibus. Procurei seus olhos por trás das lentes dos óculos escuros. Sorri de um lado só da boca, meio malandro, quando os encontrei.
Os outros três contatos foram todos a ver com fotos no orkut.
Bom, o primeiro foi assim: eu, por acaso fuçando na página dela, e eu vi umas fotos de uma festa. Na verdade, eu, como qualquer homem, fui atraído pela "falta de pano" de uma foto (segundo um comentário), e a falta de um sorriso na foto (legenda: "É, tá difícil foto sem rir! Rs"). Ela está complexada porque está usando aparelho nos dentes, e acha que fica "feia" quando sorri. C'est impossible, mademoiselle.
-- Complexada com o aparelho? Melhor pensar que é um investimento, para melhorar! - eu disse, via recado no orkut.
-- Pois é... mas nunca melhora, né? -- ela respondeu.
Nem sei porque você está usando aparelho...
O segundo contato virtual puxa o terceiro. Alice é atriz, sabe? Ela faz parte de um grupo de teatro. Nada muito profissional, mas nem por isso inglório. Ela postou fotos de alguns ensaios e de quando ela apresentou (um ensaio aberto, na verdade) em um asilo. Achei super legal a ideia, e as fotos dos velhinhos sorrindo só não foram mais priceless do que ela ver esses sorrisos ao vivo e saber que foi ela que os "causou". Mandei um recado parabenizando-a pela iniciativa e pela beleza das apresentações.
O outro foi quando ela divulgou em tudo quanto era lugar na Internet que estivesse ao alcance dela (ou seja, orkut e MSN) que ela fará uma apresentação na Oficina Cultural.
-- Queria ver a peça, viu? Porque pelo menos as fotos estão legais! (aqueles chatos né? [risos]) -- digitei no MSN.
Ela riu da minha piadinha idiota:
-- Vai lá, Gringo! Só aparecer! Sabe onde é a Oficina? -- e ela me indicou o caminho.
-- Nossa, do lado da minha casa!
-- Vai então, Gringo... [smiley piscando]
-- Pode contar comigo! [idem]
-- Ok! Fico feliz, Gringo! -- ela disse. -- Gringo, vou dar uma saidinha, mais tarde eu volto! Mas fiquei feliz em saber que você vai, viu? Beijos...
-- 'magina... Beijo.
Já contei tanta história sem final (ou sem começo, como queiram) aqui que até eu já estou cansando disso. Mas essa história tem um plus a mais, que eu vou contar em outro post.
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