quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ser macho e ser homem: meu insight de indelicadeza

Primeiro, não me leve a mal, please. Já peço desculpas de antemão se eu soar um pouco grosseiro ou irônico. Você sabe o quanto eu a amo.
Eu só estava associando mal as coisas. Eu queria achar algo que ligasse entre estas conversas e essas situações e seu recado no orkut para mim e para a Ana*: repetidos, pedindo ansiosamente por notícias. Nada a ver.
Ana me disse que vocês conversaram. E eu, por causa do recado repetido, estava desconfiado de uma coisa: de que essa conversa foi além do que você me disse ter sido. Mas é só meu olhar afiado demais, investigativo demais. Sorry. Achar pelo em ovo é uma arte.
Tudo isso não passou de um sofisma. Eu não estou nem estive com second intentions, longe disso. Eu concordo com você: seria muito estrago se... you know.
Então, por favor, esqueça o que eu disse. Eu é que devo desculpas dessa vez.

"Micareta não é altar", "Se namorar fosse bom, micareta não bombava", já disseram você e uma faixa que levaram no Axé, respectivamente. Se uma mulher que possivelmente põe o cinto com um bumerangue de tão gorda me arranhou no peito e suas unhas foram descendo, descendo... e eu não fiz nada; então eu só tenho uma coisa a falar:
Enchanté, c'est moi: Gringo. Eu sei que sou diferente. Eu sei que sou recriminado. Exemplos:

  1. "O Gringo numa micareta?", foi o que eu ouvi de Carlos*. Isso porque ele é meu colega de apartamento! Quero nem imaginar o que ele fala nas minhas costas. Muito menos o que as pessoas que não gostam de mim.
  2. Já contei aqui um caso de quando ouvi algo como "Como assim, você é gay?!".

Até você me recrimina por isso -- você prestou atenção no que você me disse? Não, não precisa pedir desculpas, eu aprendi a abstrair isso há tempos. Eu já estou acostumado.
Levando em conta sua escolha profissional, você vai procurar por algum fato do passado que possa ter me feito assim. Eu lho apontarei, então: bullying justamente "naquela" fase da vida. Sexta, sétima série, sabe? Pois é. Era geral: as poucas pessoas com quem eu mantinha algum laço eram por piedade delas. Agora você sabe porque eu, mesmo tendo ganhado uma bolsa de estudos integral pelo colegial inteiro, preferi sair daquela escola.
Eu seria mais respeitado se eu saísse "pegando geral", "passando o rodo", não é verdade? Que forma mais sórdida de se conseguir respeito... Sou mais forte que isso. Eu preciso acreditar que ser Gringo seja vantajoso. Não que eu ache que eu não preciso mudar ou que sou imutável. Eu só quero saber o que é mais respeitável: macheza ou hombridade?

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