segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Décimo primeiro mandamento: não casais com a primeira... ?

Li hoje aqui depoimentos de homens que se preparam para casar ou que já são casados com suas primeiras namoradas. Gostei do tema e vou pôr lenha na discussão.
A geração filha da década perdida (os atuais vinte e poucos anos) não poderia deixar de honrar sua década: é uma geração confusa pela transição de valores em que ela se encontra. De um lado, a modernidade sedutora: a geração perdida se encontra nos bares, boates, bacanais. Sexo na primeira noite é o grito da libertação das amarras do pensamento retrógrado da época da vovó. Homens provam sê-los conquistando seu harém semanal; mesmo que, para isso, eles joguem para debaixo do tapete suas responsabilidades. Conforme eu mesmo disse antes, tudo é válido, até auto-destruição em nome da infinitude do dia de hoje.
Do outro lado, o sonho do príncipe encantado. Revolução feminista? Faz-me rir... ela só apareceu para masculinizar o pensamento das mulheres, que algum dia vão buscar seu lado Vênus -- a tal da carência afetiva, o maior espanta-namorido já inventado. Alías, namorido por si só já é uma expressão de mulher carente.


Ah, por favor, não estou questionando aqui e nem é meu propósito levantar argumentos sobre o fato de uma mulher hoje "poder".

Onde está, então, o ponto de equilíbrio? A geração nascida da década perdida ainda o está, pelo jeito.
Respeito. Simplesmente o valor indelével.
Quer cair na gandaia, dar suas furunfadas? Vá lá, se esbalde. Mas respeito é bom e eu gosto. Meu Deus, maior reunião de gírias idosas ever! Nem todo mundo quer extravasar do seu jeito. Ah, tá, desculpa, você então é mais caseiro, tranquilo. Ok, mas não herde a intolerância das épocas passadas contra quem não seja do seu jeito.

Falei, falei, falei e fugi do tema. Nem tanto. Eu fico no segundo grupo, caindo seriamente no risco de infringir o mandamento do título. Se eu guardo o sigilo da bevidade, é porque eu sei que a geração atual, apesar de todas as suas "modernidades", é intolerante com isso.
Eu aguardo com paciência o dia especial. O dia em que não haverá sigilo a ser guardado. Agora, se desse dia resultar uma história natimorta ou uma "linda e saudável", só o tempo irá dizer.


Uma das cenas que mais me tocaram em um filme... Atenção especial à musica Only time, de Enya.


A chave de tudo é essa: respeito. Sabendo respeitar o outro no relacionamento e, principalmente, a si mesmo, não há porque ele dar errado. Respeitar em todos os sentidos: os gostos, os sentimentos, o espaço, as vontades -- satisfazê-las não deixa de ser respeitar o sentimento do outro, não é verdade? --, etc. Havendo esse clima de respeito mútuo, não há espaço para se cogitar terminá-lo. Perceba que eu até agora não falei se é no primeiro, no segundo ou no quinquagésimo oitavo relacionamento.
Minha resposta ao mandamento não é minha, é de Enya.

Who can say where the road goes, where the day flows? Only time.
And who can say if your love grows as your heart closes? Only time.
Who can say why your heart sighs as your love flies? Only time.
And who can say why your heart cries when your love dies? Only time.
Who can say when the roads meet? That love might be in your heart?
And who can say when the day sleeps, if the night keeps all your heart?
Who can say if your love grows as your heart chose? Only time.
And who can say where the road goes? Where the day flows? Only time.

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