Eu queria escrever um texto melancólico, lamentando o fato de hoje ser o vigésimo primeiro dia dos namorados que eu passo solteiro.
Tentei inspirar o niilismo ao reler meus lamentos do passado e escutar músicas fossa.
Charles Aznavour liderou minha playlist. Não estranhem esse lenço e esses gestos! Tem a ver com toda uma história... Tradução bem porca da letra aqui.
Charles Aznavour liderou minha playlist [2]. E aqui, de novo, a tradução tabajaresca.
(alguém me dá de presente o DVD desse show? Eu sei que deve ser uma peça rara no Brasil, mas I'd love!)
No entanto - olha só! -, eu não consigo. Claro, eu ainda sinto falta de ter alguém com quem poder comemorar não só o doze de junho, mas também com quem brindar à vida.
(já volto, permitam-me duas divagações...)
Divagação #1
No feriado, eu fui no casamento do meu primo, e, novamente, eu era o único desacompanhado dentre os maiores de 15 anos da minha família. E, claro, aquele vazio, aquela sensação horrível de sentir os olhares acusativos (ou, em alguns casos mais incisivos, as palavras acusativaspois é) dos meus parentes...
Divagação #2
Daí eu estava lendo os tweets, e um conhecido disse que foi assediado ontem no baile do brega. Posso confessar uma coisa? Além da Fabiane, acho que nunca fui assediado; se é que eu posso considerar isso um assédio.
Por que será que eu nunca fui assediado?
Eu nunca fui de fazer muita brincadeirinha boba, e desde tempos me julgava "maduro demais pra minha idade", desde os verdes anos. E olhava com desprezo àqueles que "se comportavam feito moleques". Agora sim, eu entendo: eu fui o culpado de todo o bullying. Eu reclamei da intolerância, mas eu é que fui um intolerante.
Juntando as duas...
É isso: eu vou ser criança de novo. Na medida do possível, c'est claire: não vou ficar de traquinagens pueris, óbvio. O que eu quero dizer é que eu vou, from now on, vou tentar recuperar a tolerância que não tive nos verdes anos.
Aí sim, eu vou deixar de ser o único maior de 15 anos desacompanhado nas festas da família.
(é óbvio que eu não quero estar acompanhado só pra "fazer social". Cês me entenderam.)
(já volto, permitam-me duas divagações...)
Divagação #1
No feriado, eu fui no casamento do meu primo, e, novamente, eu era o único desacompanhado dentre os maiores de 15 anos da minha família. E, claro, aquele vazio, aquela sensação horrível de sentir os olhares acusativos (ou, em alguns casos mais incisivos, as palavras acusativas
Divagação #2
Daí eu estava lendo os tweets, e um conhecido disse que foi assediado ontem no baile do brega. Posso confessar uma coisa? Além da Fabiane, acho que nunca fui assediado; se é que eu posso considerar isso um assédio.
Por que será que eu nunca fui assediado?
Eu nunca fui de fazer muita brincadeirinha boba, e desde tempos me julgava "maduro demais pra minha idade", desde os verdes anos. E olhava com desprezo àqueles que "se comportavam feito moleques". Agora sim, eu entendo: eu fui o culpado de todo o bullying. Eu reclamei da intolerância, mas eu é que fui um intolerante.
Juntando as duas...
É isso: eu vou ser criança de novo. Na medida do possível, c'est claire: não vou ficar de traquinagens pueris, óbvio. O que eu quero dizer é que eu vou, from now on, vou tentar recuperar a tolerância que não tive nos verdes anos.
Aí sim, eu vou deixar de ser o único maior de 15 anos desacompanhado nas festas da família.
(é óbvio que eu não quero estar acompanhado só pra "fazer social". Cês me entenderam.)
Por que eu nunca parei pra prestar atenção nessa música, por mais que eu a conhecesse?
Lyrics e tradução here.
Feliz dia dos que souberam ser crianças. Aproveitem o doze de junho.
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