Sentir saudade de coisa boa é fácil. Os amigos de São Carlos, da universidade, das festas - é claro! Duvido que alguém não fale que não sentirá saudades disso. Por outro lado, nossos cinco anos aqui em São Carlos não foram só flores.
Duvido que alguém confessará que sente saudade de quando teve, pela primeira vez, que se virar para manter a casa. Eu, pelo menos, não tinha máquina de lavar no meu primeiro mês em São Carlos, e não contratava diarista por nada nesse mundo. Sim, nos primeiros finais de semana, lá estava eu no tanque, ou com a vassoura em punho. Lerê, lerê...
O clima maluco dessa cidade? Piorou! Saio lá de Minas Gerais, do coração do cerrado brasileiro, e venho pra essa cidade que não decide se faz frio, se chove, se faz calor, ou se acontece tudo isso no mesmo dia. Em um intervalo de menos de uma hora.
Ah, é! Nisso eu aposto, e bem alto: ninguém vai encher o peito e falar que sente saudades das noites em claro, por conta dos planos de estudo - famosos planos de estudo! -: Juscelino Kubitschek (50 anos em 5), Jack Bauer (resolva seus problemas de estudo em 24 horas!), Serginho Groismann (até Altas Horas) ou mesmo Roberto Baggio (na decisão, só chutar pra cima)!
Todas as questões polêmicas acerca da comissão de formatura, da minha saída não tão voluntária do PET, dos tantos "nãos" dos processos seletivos de estágio, da dura, mas mais que acertada decisão de fazer mestrado...
Mas sabe de uma coisa? Só de pensar no ano que vem, em que tudo será diferente, em que nada disso será parte da minha rotina...
Não dá um apertozinho no peito?
Nenhum comentário:
Postar um comentário