domingo, 20 de junho de 2010

Pra falar de tolerância (de novo)

Eu tava esses dias na faculdade, numa das salas onde tinham computadores, e uma amiga, a Débora* que vai odiar seu pseudônimo, queria porque queria mostrar um e-mail pra uma outra amiga dela, a Viviane*.
Era aquela piada do grupo de amigas papa-hóstias que se orgulham dos seus filhos, conhece?

- Meu filho é padre, e todos da paróquia pedem a bênção a ele.
- Já o meu é sacerdote, e todos o tratam como "Sua Excelência Reverendíssima".
(...)
- Ué, amiga, e o seu filho? Não é religioso?
- Então... meu filho tem 1,90 m de altura, olhos verdes, um corpo de dar inveja e, quando ele passa, todas falam "Meu Deeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeus!".


Só que... digamos que o email era... ilustrado.


E digamos que Viviane é um tipo de pessoa bem "fechada"; um pouco grossa, talvez. Não que ela não seja agradável, mas toda vez que a gente conversa, ela reclama que está cansada, que tem um monte de coisa para fazer, etc.

Enfim, eu achei a cena mais irônica e engraçada do mundo a mudança de comportamento dela.
Antes: entrada toda esbaforida na sala de computadores, Viviane way. Reclamando do cansaço, das provas infindáveis, e tudo mais.
Depois [que ela viu as fotos que ilustravam da piada]: Silêncio.

- *suspiro* Aí sim, hein, Dé?
Até o ar ficou mais leve.

O que a falta de homem solteirice aguda não faz, não é verdade?

Daí eu, mais uma vez, parei pra pensar: ela se fecha de uma forma, ao ficar reclamando da vida...! E eu, não faço a mesma coisa?


... é isso. Enquanto eu não deixar ninguém entrar aqui dentro, nem um grãozinho de areia - intruso, incômodo -, eu não vou poder fazer a minha pérola.

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