segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Minha primeira loucura [2]


Ponha pra tocar e vá lendo...

Logo depois do almoço, saí para procurar o tal endereço. Confiança lá nas alturas, assim como meu pensamento, voando em encontro ao dela. Na rua de cima, eu já não conseguia sentir o vento úmido, minhas mãos sentiam falta do sangue correndo nelas. Frio, só o glacial no meu estômago.
A casa verde, de estilo antigo, era intimidadora, apesar de sua simplicidade. É um sobrado, em um bairro tipicamente residencial. Menos "central" do que meu apartamento, mas nem por isso muito afastado. Foi arriscado eu andar essa distância e talvez nem ter ninguém em casa, mas uma janela no andar de cima estava aberta.
Duas vezes o botão verde no celular. Vamos, dedos, vocês conseguem. É fácil!
Meu peito estava por arrebentar a qualquer instante. Não. Atenda. Por. Favor! Preciso me acalmar antes de qualquer coisa!
- Sua chamada está sendo encaminhad... [clic~]
Ufa.

Calm down, deep breath. De novo, vamos lá. Quatro toques e...
Oh sh*t. Um carro branco vira para entrar na garagem. O irmão da Alice. No susto, desliguei o aparelho e sorrateiramente tomei o caminho de casa.
Tem alguma coisa batendo na minha garganta, guess it's my heart.


O my God, me ferrei!
- Alô?
- Oi, quem fala?
- Ah, é-é-é o Gringo*. Com quem e-eu falo?
- Aqui é o Júlio*. Você ligou pra esse número?
- E-eu devo ter e-e-enganado de número.
- Ah, tudo bem.

Muitas emoções para um dia só. Melhor eu voltar pra casa. O irmão dela quase me flagra na porta da casa, e o pai dela me liga, investigando as ligações estranhas na tarde de domingo. Tragicômica foi a minha ansiedade e minha gagueira repentina. E meu desconhecimento de um identificador de chamadas no telefone fixo da casa de Alice.
Nem por isso eu não faria tudo isso de novo. Mas que esse foi o fail mais engraçado até hoje... ô, se foi!

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